
a Lua contempla-se no espelho
está fria e sente-se amarela por dentro
examina a sua face
minguante nos cantos dos olhos
sabe que nunca poderá ver
o ouro claro das madrugadas
dorme e é azul
a sua coberta feita de búzios
dorme porque tem os olhos cheios
crescentes desse contemplar
Desenho: Lurdes Breda
Poema: Regina