Há momentos em que tudo nos desaparece das mãos
as chaves, as moedas, os óculos, o jornal...
e andamos de um lado para o outro
pensando nas coisas que não estão em lado nenhum,
sentindo os pés dormentes,
sentindo a memória confusa e apagada.
Depois, de tanto repetir o mesmo chão
de trás para a frente, sem nenhuma pista,
sem nenhum rasto que dê para acreditar,
vamos encontrando as portas, as escadas, os armários...
e ficamos tão pesados
como se o mundo inteiro nos caísse nos braços
adormecendo em paz,
no pequeno espaço vazio do nosso coração.
Regina
temporariamente a solo
terça-feira, 1 de julho de 2008
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7 comentários:
O segredo é não procurar ;)
Tenho uma fórmula antiga que costuma resultar.
Enquanto se procura (não há milagres), vai-se murmurando: "O Diabo anda de joelhos enquanto o/a ... não aparecer". Experimenta.
Se não funcionar nos primeiros 10 minutos, pelo menos deves encontrar o objecto perdido nos próximos 11 anos. Se continuares a procurar. Bruxaria!
Há coisas que perdemos irremediavelmente...
Um beijo.
Acho que estás a pintar a tua tela com tintas demasiado escuras, deprimentes.
Valha-nos que o mundo inteiro te pode adormecer nos braços e em paz, apesar do "pequeno" espaço do coração.
Vá lá, no próximo quadro vê se pões umas pinceladas de rosa, verde, azul céu...
(Ou ainda acabas por acreditar no que dizes!)
Bjinhos e bfs.
um coração generoso, o teu, regina, não é preciso ler muito de ti para perceber o quanto és humana, um grande beijinho e bom fim de semana.
Com coisas perdidas, esquecidas ou ser roubado, fico deveras possesso.
Beijos
Os habituais gestos da perda e do sono... como sua pausa.
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